Visualizando
nossa rua, nosso rio, nossa região
Reunidos sobre o tapete na
sala informatizada, retomamos o estudo questionando sobre o objetivo de nossa
aula passeio e responderam que foi para conhecer a nascente e o rio do Braço
que está sujo.
Perguntados sobre o curso do
rio disseram: “por Pirabeiraba”. E onde
moramos? “Pirabeiraba”. Mediante pesquisa com os pais socializamos o nome da
rua em que moram. Ao problematizarmos se o rio do Braço fica perto de suas
casas não souberam responder. Propusemos então viajarmos pela região no Google
Earth. Iniciamos a busca do nosso CEI, a rua onde moram que iam nomeando, às
vezes indicando pontos de referência. Concluídas as visualizações das ruas,
retornamos ao CEI e refizemos o trajeto da aula passeio à nascente e ao rio do
Braço. Ficamos maravilhados ao podermos extrair tantas informações deste
recurso, pois não só percorremos o curso do rio em estudo como pudemos ver
nosso Distrito, a Zona Industrial Norte, Estrada da Ilha, Dona Francisca e o Bairro Jardim Sofia onde o rio do Braço
se encontra com o Rio Cubatão. Identificamos muitos galpões, casas e pequenas florestas
separadas. Descobrimos que o rio do Braço é de suma importância para nossa
região, pois tantas pessoas, animais, árvores, vegetações, plantações e até
indústrias dependem dele.
Conhecendo
o diagnóstico da Bacia Hidrográfica do rio do Braço
No dia seguinte nos reunimos
cantando cantigas no gramado do CEI, onde uma surpresa de grande valor
histórico para nós nos aguardava na casinha surpresa e enriquecer nossa
atividade. Tentaram adivinhar, mas foi difícil, até que uma criança lembrou que
no dia anterior a professora falara que foi escrito um livro sobre o rio do
Braço. Explicamos que lemos todo o livro intitulado “Diagnóstico sobre a Bacia
Hidrográfica do rio do Braço” e extraímos o que nos interessa no momento.
Socializamos o conteúdo numa linguagem acessível às crianças que interagiram
naturalmente durante a conversa. Visando trazer o lúdico para o momento,
propomos a brincadeira “quem sabe fica em pé”. Pequenas questões foram
elaboradas previamente sobre o assunto e todas as crianças participaram
respondendo-as, algumas vezes com a ajuda dos colegas. Por fim, foram expostos
livros na roda e puderam escolher um para se aventurar e levar para casa.
Confira algumas perguntas e as respostas:
O que está prejudicando o
rio do Braço? R.: a sujeira, o lixo que estão jogando nele.
As indústrias estão
provocando o quê nessa região? R.: matando
os rios.
Para que é utilizada a água
do rio? R.: pra molhar as plantações, os
animais beberem e usam nas indústrias.
Comer alimentos irrigados
com a água desse rio faz mal à nossa saúde? R.: sim, porque a água tem bactérias.
A natureza nessa região foi
modificada? Por quem? R.: pelos
construtores que cortaram as árvores e construíram grandes casas.
O que está acontecendo com a
água do rio do Braço? R.: está poluída e
ficando menos.
Pirabeiraba precisa do quê
para o esgoto não poluir os rios e termos mais saúde? R.: tratamento de esgoto.
A
água está acabando
Recapitulando o estudo do
encontro anterior, conversamos sobre a importância da água para os seres vivos
e assim como nós que estamos preocupados com as águas do rio do Braço por estarem
poluídas e diminuindo, em todo o planeta há pessoas trabalhando em favor da
preservação dos rios, pois os mananciais
estão cada vez mais escassos. Como prova deste fato, propomos assistirmos a um
vídeo educativo “Elos da água” e para compreendermos também o processo natural
do abastecimento dos lençóis freáticos, das nascentes e porque a água está
acabando. Será que nós temos algo a ver com isso?
Após assistirmos o vídeo
vários comentários foram feitos pelas crianças como:
“A
água boa está faltando no campo e na cidade porque estão cortando muitas
árvores”.
“A
floresta é que deixa a água fresquinha e faz sombra no rio”.
“O
sol evapora a água do rio que não tem árvores perto e nem os animais tem água
para beber”.
“A gente não pode viver sem água”.
“Nosso
corpo é quase só água e sangue”.
“O
ciclo da água tá mudando. Quando chove tem muita água e dá enchente, e depois
falta”.
E
de onde vêm a água das nascentes?
“Vem
da mata”. “Vem da terra, porque ela brota”.
Difícil esta pergunta não.
Para favorecer a compreensão do processo natural, levamos um filtro de barro
para a sala e perguntamos sobre sua função. “Ele
tem água que a gente pode beber”. Exploramos melhor esse assunto e
continuando o estudo falamos que além de filtrar a água, nos auxiliaria neste
momento a compreender de onde vem a água das nascentes dos rios. Ficaram
admirados ao ver o gotejar da água representando o brotar da água na nascente vindo
da parte superior do filtro, que na natureza são os lençóis freáticos
abastecidos com as chuvas, que precisam ser reabastecidos assim como no filtro,
se queremos água. Ficamos bem felizes com a reação das crianças. Alcançamos
nosso objetivo. Contudo novos
questionamentos foram surgindo. “Se a
água da chuva vai para debaixo da terra e brota na nascente, porque então a
água está acabando se chove bastante”?
Responder a esta questão
através de uma representação será nosso próximo desafio.
Rio
com e sem floresta: o que acontece?
Nos reunimos no saguão cantando
músicas sobre a água, a chuva e apresentamos a música: Não destrua o mundo, para salientar que quando Deus fez o mundo fez
tudo bonitinho, tudo em seu lugar. Mas o homem não vem cuidando dele como deveria
e por isso em especial os rios, estão doentes pedindo ajuda, transmitindo
doenças e morte a toda forma de vida. Contudo ainda há esperança, pois também
depende de cada um de nós, para revertermos esta realidade.
Retomamos as perguntas do
dia anterior e visando respondê-las, construímos uma maquete: Rio no caixote, para auxiliar as
crianças na compreensão do processo de assoreamento dos rios e da função da
mata ciliar. Utilizamos materiais como uma caixa de verduras e
garrafas pet que recortamos formando o leito do rio. Preenchemos as laterais com
terra, de um lado semeamos alpiste e mostarda e do outro, deixamos a terra
livre.Questionadas sobre as necessidades dessas sementes para poderem germinar, lembraram que é preciso regá-las e deixar o caixote no sol. Agora teremos que aguardar as sementes germinarem e quando estiverem crescidas, faremos a experiência da chuva, regando as
margens e vendo o resultado.
4 comentários:
É gratificante acompanhar as atividades que estão sendo desenvolvidas e perceber o entusiasmo da turma.
Perceber a importância da água para o planeta é fundamental, as crianças estão conseguindo perceber isso, assim no futuro próximo elas mesmas conseguiram comtribuir para a conservação desta água.
Parabéns as professoras do CEI Cachinhos de Ouro por brindarem o Rio do Braço com este importante projeto e por ensinarem aos pequeninos o vinculo entre água e florestas e que recuperar e preservar a ambas é sinônimo de vida, felicidade e prosperidade para todos. Tivemos a honra de receber no Sítio do Rio do Braço, mais uma turma de crianças do CEI Cachinhos de Ouro, ávidas por conhecimento sobre a vida do Rio do Braço - e como são sábias entendendo a realidade. Nos encantaram ao imediatamente construir sonhos sobre um mundo com a natureza em perfeito equilíbrio e verdadeiramente bom para todos. Nossa gratidão as professoras e principalmente as crianças. Ah, no Sítio do Rio do Braço temos toda a mata ciliar implantada e já dá sinais de contribuir com a oferta de água no rio.
"Todos os rios nascem pequenos,
nenhum rio morre de velhice..."
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Parabéns as professoras do CEI Cachinhos de Ouro por brindarem o Rio do Braço com este importante projeto e por ensinarem aos pequeninos o vinculo entre água e florestas e que recuperar e preservar a ambas é sinônimo de vida, felicidade e prosperidade para todos. Tivemos a honra de receber no Sítio do Rio do Braço, mais uma turma de crianças do CEI Cachinhos de Ouro, ávidas por conhecimento sobre a vida do Rio do Braço - e como são sábias entendendo a realidade. Nos encantaram ao imediatamente construir sonhos sobre um mundo com a natureza em perfeito equilíbrio e verdadeiramente bom para todos. Nossa gratidão as professoras e principalmente as crianças. Ah, no Sítio do Rio do Braço temos toda a mata ciliar implantada e já dá sinais de contribuir com a oferta de água no rio.
"Todos os rios nascem pequenos,
nenhum rio morre de velhice..."
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